terça-feira, 15 de março de 2011

Fibras

A fibra da

bananeira

do Maciço

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O interesse de Maria Josimar Ferreira da Silva, como a fibra da bananeira foi grande. Inicialmente, utilizava a matéria- prima apenas como trançados para bolsas, jogos americanos, caixas de presente e sandálias. Agora a trama dá lugar a outro produto: o papel proveniente da fibra, a mais nova paixão de Rosa, A partir desse papel, as possibilidades foram se ampliando, tanto na textura como na cartela de cores. Com o seu grupo, o Baturiarte, Rosa desenvolve luminárias, caixas revestidas, pastas e até convites de casamento. Para quem vê uma peça produzida com a fibra da bananeira pensa que o processo é simples, mas tanto o trançado como o papel, é preciso dominar as técnicas. Por exemplo, do tronco da bananeira são extraídos subprodutos: filé, contrafilé, renda. Só quem conhece sabe como aproveitar a matéria-prima total.

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Com uma faca afiada, Rosa mostra sua habilidade na extração das fibras de um tronco que pesa, em média, 40 a 50 quilos, tirando a casca por casca, uma por uma. Entretanto, nesse caso, cada camada tem a sua utilidade.

Rosa, artesã de Baturité, quer sempre mais. Seu sonho é descobrir uma técnica para utilizar a folha da bananeira verde.“Estou quase conseguindo. Já testamos, mas ainda não sei como fazer.Tenho esperanças”

Do filé é possível bordar e fazer crochê. O contrafilé é mais utilizado na urdidura (Conjunto de fios transversais à largura do tear) e, a renda, na mistura da trama, pois sua textura garante efeito especial. São estas variações que encantam Rosa, cuja especialidade são os arranjos florais com a fibra da bananeira.. Além disso, gosta de todas as etapas da produção do papel da bananeira, que tanto pode ser da folha seca ou do caule. O processo é praticamente o mesmo, porém o resultado é bem diferente.

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O BATURIARTE, criado em 2004, reúne artesãs que utilizam a folha e o caule da bananeira para desenvolver peças utilitárias e de uso pessoal. Aproveitando a fartura da matéria- prima em Baturité, cerca de oito mulheres se dedicam, com muita perseverança, à criação de trabalhos diferenciados. Numa pequena sala, localizada na antiga Estação Ferroviária, elas se encontram toda semana, mas boa parte do artesanato é feito em suas casas. Segundo a presidente do Baturiarte, Nanci de Freitas, como apoio e o incentivo do Sebrae já está sendo discutida uma parceria coma Prefeitura para melhorar as condições de trabalho das artesãs.

imageO Grupo Baturiarte se reúne num dos galpões da antiga Estação Ferroviária de Baturité. O prédio, inaugurado em 1882, ainda no governo imperial de D.Pedro II, foi tombado pelo Iphan

image                  Luminárias

image                                                                                                       Luminárias com papel oriundo da fibra da bananeira é resultado de um processo desenvolvido por artesãs de Baturi

DN/Eva/ Textos: Germana Cabral e Cristina Pioner/Fotos: Marília Camelo e Patrícia Araújo                                    arteemter@gmail.com

Um comentário:

  1. Vejo com alegria que a fibra de bananeira está a cada dia conquistando seu espaço no artesanato brasileiro... ainda existe uma resistência dos brasileiros em relação aos trabalhos artesanais; mas,sinto que aos poucos esta resistência está ficando para trás...e agora vou te desejar Boa sorte e Parabéns!!!!

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