sábado, 28 de abril de 2012

Cerâmica da Paraíba

A cerâmica de Marilene Cavalcanti da Silva   

Mara

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   MARA 2 CABEÇA

O Artesanato Paraibano encanta pela beleza, surpreende pela diversidade de elementos de uso do nosso cotidiano, parte da memória coletiva da nossa gente, revelando as referências culturais através de mãos que  traduzem a alma do povo  usando a criatividade, suor e inspiração artística.

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MARA 9cd8_155codata.pb.gov.br/ arteemter@gmail.com

domingo, 22 de abril de 2012

Pregos, parafusos, arames farpados, molas, pedras semipreciosas, porcelanato

Nenê Cavalcante

Nenê 9 Abstrata

Seu trabalho é absolutamente artesanal. Começou a fazer esculturas de bonecas quando criança, com o barro formado pelas raras chuvas na fazenda onde morava. Suas cerâmicas são carregadas de emoção e amor pelo que faz.

Nenê Cavalcanti, nasceu em Alagoa Nova, interior da Paraíba. Em suas esculturas em argila utiliza materiais como pregos, parafusos, arames farpados, molas, pedras semipreciosas, porcelanato, com um resultado bastante original. Os temas recorrentes em sua obra são as mulheres e os anjos. Suas obras são encontradas em diversas regiões do país, tendo a artista participado de inúmeras exposições.

Abstrato

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Do barro à arte                                               Abstratas, Anjos, Noivas, Poderosas

Ainda quando criança procurava transformar o barro em panelas, gatos, cachorros, brinquedos estes que eram objetos de desejo de todas as crianças de seu tempo. Com um Curso de Educação Artística, abriria não somente novos horizontes para o seu trabalho, mas também para sua vida. No decorrer do curso, além de encontrar nas Artes Cênicas um maravilhoso instrumento para ser utilizado com as crianças portadoras de necessidades especiais, Nenê retornou à sua infância quando voltou a “brincar” com o barro. Mas, desta vez, a brincadeira de criança se desenvolveu e virou arte.

Anjos

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Noivas        

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Nenê começou a criar com a ajuda do barro figuras femininas, anjos, corpos nus, gordas, peças abstratas e semi-abstratas e de repente, não parou mais. Com o passar dos anos sua técnica foi se aprimorando e o que era pra ser um “passatempo para alma” tornou-se uma nova profissão. Aquela mulher natural de Alagoa Nova tornara-se artista plástica.

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Poderosas

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Ela ainda recorda com muita alegria do primeiro convite para expor suas esculturas na Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba. Ainda lembra também da emoção de suas primeiras peças vendidas. Pouco tempo depois, os convites se expandiram para Brasília, São Paulo, Minas Gerais, entre outros. E a divulgação de seu trabalho não ficou apenas espalhada por nosso país, ele encontrou também o reconhecimento de países como Portugal, Itália e França que, inclusive, já tiveram exposições das esculturas desta paraibana.

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A riqueza de detalhes de suas peças é tamanha que em diversas esculturas podemos observar o colorido dos bustiês de rosas, detalhes de fuxicos, flores, brincos, colares. E é essa uma das suas maiores características: a originalidade.

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Texto Érica Paiva/ arteemter@gmail.com

terça-feira, 3 de abril de 2012

Artesanato do Ceará

As três mulheres de Rachel.

DONAS DE MENTES CRIATIVAS E MÃOS TALENTOSAS, ARTESÃS CEARENSES GANHAM PRÊMIO E HOMENAGEIAM RACHEL DE QUEIROZ,

A cortinaA cortina “Três Marias ” foi feita com argolas, cetim e fios de linha, pela artesã Maria das Graças da Cruz Paulo.

O drama, o sofrimento da seca, a esperança e os milagres descritos nos livros de Rachel de Queiroz ganham nova aparência ao receber o delicado toque dos artesãos cearenses. Os azulejos são capazes de formar um simpático rosto, o barro, moldado e pintado, dá vida a uma linda tigela rústica. Já a junção da palha e tecido, coco e algodão retratam impecavelmente as dificuldades dos retirantes nordestinos. Com o propósito de exaltar a vida e obra de Rachel de Queiroz, diversos artistas abraçaram a proposta do VI Salão Municipal do Artesanato de Fortaleza. Eles criaram peças com materiais como mosaico, bordado, crochê, argila, cerâmica, ferro e madeira, que valorizam a cultura nordestina e homenageiam a famosa escritora.

Os 71 trabalhos, expostos, passaram pela seleção de um júri. Três deles foram premiados. A vencedora Maria das Graças da Cruz Paulo é uma das mãos capazes de tecer, com destreza, desenhos que lembram Rachel de Queiroz. Ganhadora do primeiro lugar, a artesã concorreu com outros 71 artistas que, assim como ela, exerceram a criatividade elaborando peças que trazem à tona aspectos dos livros da escritora.

Trabalhando com artesanato há 30 anos, Maria das Graças se inscreveu no Salão pela primeira vez, sem nenhuma perspectiva de vencer. “Foi uma surpresa pra mim, pois sou acostumada a trabalhar na minha, quietinha, mas sempre com muita dedicação. Quando soube, fiquei muito feliz pelo reconhecimento”.

RAQUEL 3O colar, com retalhos de tecidos, vem com uma das frases de Rachele, relembra a vida dos retirantes. A artesã Angelice Santos Custódio levou cinco horas na elaboração da peça.

Tudo aquilo que, aparentemente, não tem mais valor, ao passar pelo manuseio de Angelice Santos Custódio, ganha novo sentido. A partir da precisa composição de retalhos e linha, bordou o colar “A esperança de sobreviver”, revelando a vontade que uma família tem de vencer a seca. Na lateral do colar, bordada em branco, uma das célebres frases de Rachel: “Cada coisa tem a sua hora e cada hora o seu cuidado”. Esse é o diferencial da peça ganhadora do segundo lugar.

Panô Panô “As mulheres de Rachel”, confeccionado por Maria Silva Cavalcante Porto

Com a ideia de expor a vivacidade, outra marca das personagens de Rachel de Queiroz, a artesã Silvia Cavalcante, ficou com o terceiro lugar. Ela optou por utilizar tinturas coloridas para confeccionar o panô “As mulheres de Rachel”, que faz menção ao universo feminino tão presente nos livros da cearense.

Assim com as outras duas vencedoras, Silvia também se dedicou à leitura de obras, a fim de deixar seu trabalho o mais parecido possível com a escrita da autora. Embora tenha tido atenção em fazer um retrato fiel, ela não deixou de ousar. “Se quiser criar coisas novas, o artista tem que se reinventar e estar sempre aberto ao novo”, defende. As três vencedoras concordam que a vida de artesã não é fácil, mas se torna prazerosa pela possibilidade que oferece de valorizar as coisas simples da vida, garantindo, por meio disso, a beleza e o diferencial de suas criações.

RAQUEL 4Nomeada como“ A consagração”, a escultura criada por Airla Gomes é de argila, fitilho, tinta,arame e purpurina.

RAQUEL 5 A peça retratando “O quinze, os retirantes” é assinada por Maria de Fátima Carvalho, que usou algodão, palha, tecidos, coco e barro.

Quartinha 6A quartinha “Não me deixes”, inspirada na fazenda da escritora, foi produzida por Jorge dos Santos.

RAQUEL 7Peça “Rachel”,de Valdenora Lima 

Eva/DN/ Fotos Viviane Pinheiro                                     arteemter@gmail.com

domingo, 18 de março de 2012

Artesanato Karajás

Karajás

O artesanato índigeno da tribo Karajás, expõem, forte personalização das atividades cotidiana, funcionando como instrumento para socialização das crianças índigenas da tribo. Embora a arte ceramista seja uma atividade exclusiva das mulheres da tribo, vários instrumentos usados no dia-a-dia pelos homens da tribo é retratado em seus trabalhos cerâmicos e artesanais, como arco e flecha, canoas, etc.

India karaja Os índios karajás, habitam uma extensa faixa do vale do rio Araguaia, inclusive a maior ilha fluvial do mundo, a do Bananal, suas aldeias, se encontram preferencialmente próximas aos lagos e afluentes do rio Araguaia e do rio Javaés. Karajá 1

Modos do Fazer das

Bonecas Karajá

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Karajá 2

“Ofício dos Modos do Fazer das Bonecas Karajá, agora é Patrimônio Cultural do Brasil”. 

A proposta foi apresentada ao Iphan pelas lideranças indígenas das aldeias Buridina e Bdè-Burè, localizadas em Aruanã, Goiás–GO, e das aldeias Santa Isabel do Morro, Watau e Werebia, localizadas na Ilha do Bananal, Tocantins–TO, com consentimento de membros das aldeias Buridina, Bdé-Burè e Santa Isabel do Morro.

Ritxoko.-Aldeia-Santa-Isabel-do-Morro

Foto-Telma-Camargo-da-Silva

O registro “ Ofício e dos Modos de Fazer as Bonecas Karajá” “representa uma dimensão de reconhecimento como patrimônio a cultura de comunidades indígenas, como o povo Karajá, ainda pouco conhecida, mas que é fundamental dentro do processo de formação do nós somos do povo brasileiro”.

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Toda essa complexidade cultural pode ser identificada nas cenas esculpidas em barro e ornadas com precisos traços em preto e vermelho das bonecas.

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Boneca Karaja1-CA396 - CópiaTribo Karajá, ilha do Bananal
Argila, cera de abelha e fios de algodão
Dimensões: Alt.: 12 cm.

Boneca Karaja-CA398 - Cópia

Boneca Karaja1-CA398 - Cópia Argila. Dimensões: Alt.: 12 cm.

Boneca Karaja1-CA393 - Cópia      Boneca Karaja-CA393 - Cópia

Boneca Karaja-CA395 - CópiaBoneca Karaja1-CA395Argila, palha e fios de algodão
Dimensões: Alt.: 13 cm.

Boneca Karaja-CA397 - Cópia

Boneca Karaja1-CA397“Ofício e os Modos de Fazer as Bonecas Karajá são uma referência cultural significativa para o povo Karajá e representam, muitas vezes, a única ou a mais importante fonte de renda das famílias”.

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Karajá 5

karaja animal onca 6       A confecção das figuras de cerâmicas – chamadas na língua nativa de ritxòkò (na fala feminina) e ritxòò (na fala masculina) – envolve técnicas tradicionais transmitidas de geração a geração. A atividade exclusiva das mulheres é desenvolvida com o uso de três matérias-primas básicas: a argila ou o barro – suù; a cinza, que funciona como antiplástico; e a água, que umedece a mistura do barro com a cinza.

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Em regra geral, o modo de fazer ritxòkò segue cinco etapas: extração e preparação do barro, modelagem das figuras, queima e pintura, tudo isso envolvendo um repertório de saberes que se inicia na seleção e coleta do barro até a pintura e decoração das cerâmicas, que estão associadas à pintura corporal dos Karajá e a peças de vestuário e adorno tradicionais.

Boneca Karaja-CA394 - Cópia

Boneca Karaja1-CA394 - Cópia

Cestaria Karajás     Cestaria Karajá

Cestaria Karajas

Departamento de Patrimônio Imaterial – DPI/Iphan      Superintendência do Iphan em Goiás                                           arteemter@gmail.com