domingo, 31 de janeiro de 2010

Ceramicas de Arthur Gonzalez

Cerâmica, a arte de Arthur Gonzale

Arthur Gonzalez  é um dos mais importantes da arte em cerâmica. 
As obras de Arthur Gonzalez  fazem uma reflexão sobre a relação entre os interesses pessoais e assuntos do mundo.  As esculturas em cerâmica primam em forma e com um acabamento bruto. O artista faz suas criações de cerâmica em que revelam visões e sentimentos que não são polidos.











Livro aberto



circulos e quadrados




sábado, 30 de janeiro de 2010

As fotografias de Tim Walker

O fantástico mundo de Tim Walker
um surrealismo típico de fábulas 

 Em antecipação ao lançamento do livro de Tim Walker, o inovador espaço de varejo Dover Street Market programou uma estimulante mostrar. Englobando personagem de Walker, a exposição apresenta os elementos que fez Tim Walker, um grande fotografo. Deixar a imaginação à vontade é o que costuma fazer Tim Walker para realizar seus trabalhos. Em exposição na galeria Carla Sozzani, em Milão, as imagens retratam cenas dramáticas e inesperadas. Obras que já marcaram a carreira de Walker, confira aqui a reprodução de alguns dos trabalhos do fotógrafo criativo, que vive em Londres. Na maioria das vezes fotógrafos, registram o que está a frente de seus olhos. Acontecimentos históricos, ensaios de moda, lugares, pessoas, objetos, cenários, eventos. No entanto, Tim Walker se interessa pelo que está atrás do olhar, além do que se vê no mundo real. Ele fotografa sonhos. Cavalos cor-de-rosa, bolhas de sabão coloridas, tempestade de guarda-chuvas, tristonhos Soldadinhos de Chumbo, acampamentos dentro de bibliotecas, princesas abandonadas, camas suspensas no jardim, elefantes azuis, marionetes, pirulitos de rostos gigantes, carros de isopor derrubados por um terremoto de pérolas e coelhos. O trabalho de Tim Walker lúdico. Suas fotos imprimem um aspecto de miragem, um surrealismo típico de fábulas de autores como Lewis Carroll e Irmãos Grimm. A originalidade da obra de Walker ficou tão em evidência nenhuma circuito de arte que saltou das páginas das revistas de moda direto para as paredes do Museu do Design, em Londres. Estas fotos são incríveis. Grande iluminação, boa composição, mas o que a torna tão surpreendente é o seu próximo layout. Confira o seu trabalho aqui.











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Artesanato da Bahia

Mulheres de Carvão

Fincada no Recôncavo Baiano, a cidade de Cachoeira fica à margem do Rio Paraguaçu, a 110 km de Salvador. Marcada pelo casario colonial que preenche várias de suas ruas, a cidade é um marco da história brasileira e particularmente do seu Estado.
Tombada pela UNESCO como Monumento Nacional, Cachoeira é sinônimo de tradição, feitos heróicos e da exuberante arquitetura do século XVIII. Sua origem está intimamente ligada ao ciclo da cana-de-açucar, ao desenvolvimento da indústria do fumo, dos charutos e ao cultivo do dendê. Entre as notáveis obras de valor histórico da cidade, nas tradições religiosas e folclóricas é que a principal característica da região. Cachoeira é conhecida internacionalmente pela Festa da Boa Morte, um exemplo da influência da cultura africana e miscigenação com as tradições católicas.
A Festa de Nossa Senhora da Boa Morte é organizada pela Irmandade de mulheres negras de Cachoeira, com mais de 40 anos, descendentes de escravas africanas alforriadas. A festa, que começa no início de agosto faz uma série de ritos ancestrais, acrescidos de missas e procissões católicas. Essa festa apresenta outra característica da cidade de brancos e negros que têm na afinidade com o candomblé e as crenças católicas a principal demonstração de sua mistura. É nesse contexto que Mister trabalha.
É impossível não identificar a influência africana no seu trabalho, que consiste em esculpir mulheres em carvão. "Trabalhei na construção civil por 17 anos e já gostava de pintar"–, comenta Mister. "Um dia tirei férias pela primeira vez. Fiquei 120 dias parado e conheci o pessoal de teatro, de poesia, da ecologia. Não me acertei mais com a construção civil. Voltei, mas não agüentava mais. Não era mais meu lugar. E precisava estabelecer um outro diálogo com as pessoas que conheci. Ao mesmo tempo, havia muitas queimadas na região. O carvão, o pau queimando, me fascinavam. Pela cor, pela textura da madeira queimada e havia o conflito do fogo desnecessário. Vi no carvão um instrumento para iniciar o diálogo com as pessoas, com as usinas. A mulher é uma figura universal, fonte de vida, mola propulsora. Foi assim que juntei as duas coisas. Às vezes pego uma madeira queimada, pode ser jacarandá, louro, canela, jaqueira, maçaranduba, oti, sucupira, jenipapo, e identificonela a forma feminina. Começo a tirar aqui e ali, chegando a um miolo ainda verde. Aí eu faço uma nova queima em casa mesmo, o suficiente para brotar o carvão, que depois de esculpido, é tratado com um mistura minha.
A proposta é provocar a reflexão sobre os ataques à natureza. Essa é a grande questão dos próximos anos." É a partir desse pensamento e de peças de carvão que Mister devolve à abstração mulheres indescritíveis, longilíneas, barrigudas, amarradas com toscos pedaços de arame, belas, sensuais. Todas do negro mais negro do carvão.
















Clebar Papa/Fotos: João Fávero
arteemter@gmail.com

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Artesanato de Parati - Rio de janeiro

Às Margens de Parati, o encontro com os barcos coloridos.

 A Mata Atlântica espreita calçadas de paralelepípedos irregulares, grossas paredes decoradas, sobrados coloniais com sacadas de ferro trabalhado, igrejas centenárias, museus e fortes, distribuídos pelas 14 ruas que formam o bairro histórico.
Assim é Parati, uma das representantes mais bem conservadas do áureo período monárquico. Parati é mesmo uma cidade inesquecível.  Seja por seu passado histórico até hoje preservado na arquitetura, arte, culinária e muito mais. Quando a extração e a exportação do ouro decaiu em meados do século XVIII, Parati foi perdendo importância. Mas ao mesmo tempo em que se mantinha isolada, pôde preservar seu patrimônio histórico, costumes e natureza, atributos que permitem o turismo, tanto marítimo, por meio de saveiros e barcos de aluguel, quanto terrestre, via turismo ecológico, com suas trilhas e cachoeiras inseridas na vegetação típica da Mata Atlântica, com passagem obrigatória por alguns de seus engenhos mais antigos e usados para a fabricação de aguardente. Entre muitas belezas que a cidade oferece e na grande variedade de lojinhas de roupas e produtos da região. Parati é conhecida por seus barquinhos de madeira. Nos baixios da Ilha de Mamanguá, a 2 horas de barco de Parati, quase todos são parentes, pescadores e fazedores dos barcos e barquinhos de todos os tamanhos e estilos, que reproduzem as traineiras, veleiros e canoas vistos no porto para pesca e turismo. Todos concordam que o grande mestre é o Préia, mas José Delfino, Reni e Renildo da Conceição, Almerindo Ricardo, Genésio do Nascimento, Simei César e suas famílias, entre outos, também realizam com grande qualidade e beleza rústica centenas de barcos confeccionados em caxeta, uma madeira leve conhecida no Norte do país como tebebuia. Da vila de pescadores, no Saco de Mamanguá, os barquinhos são levados por mar para Parati onde são pintados por outras famílias e comercializados nas lojas da cidade durante todo o ano. Essa atividade é uma marca do litoral carioca conhecida em todo o mundo














Cleber Papa/ Fotos: Nair Benedicto
Informações: arteemter@gmail.com