domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sinos de barro

Além dos potes, jarros

e esculturas, os

sinos da felicidade. 

imageMaria do Socorro Nascimento, tem como ofício o artesanato feito com barro. A habilidade de Corrinha como é chamada impressiona e encanta. Andando em torno de um suporte de cimento, ela vai moldando com as mãos a forma desejada. As únicas ferramentas são espátula, esponja, pente e um facão para aparar as peças grandes. Além dos potes e jarros, faz esculturas de animais e personagens famosos, Os sinos da felicidade são criações exclusivas, a partir da sugestão de um professor quando fazia a 8ª série. “Ele me trouxe uma cortina como modelo, mas, ao tentar desenvolver, surgiram outras ideias”, explica. Hoje, faz sinos com diversas modalidades de montagem, com borboleta, peixe, lua e estrela, frutas e pote em miniaturas. A artesã começa a trabalhar cedo da manhã e entra pela noite, fazendo as miudezas.

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O contato com o barro aconteceu aos 13 anos, quando morava no sítio Passagem de Pedras, local de tradição na cerâmica. De tanto observar o trabalho, decidiu aprender. Orientada por Sebastiana Amaro dos Santos, louceira de renome em Missão Velha, a garota passou logo a produzir para a olaria, combinando de ficar com 50% do lucro das peças produzidas.. Ao mesmo tempo em que trabalhava, a artesã estudava. Aos sábados, e vendia na feira de Barbalha. Na frente da sua olaria, já exibe o nome pintado: “Mão na massa - artesanato”. Cada etapa superada é registrada com fotografias. Enquanto não concretiza o desejo, ela vende em casa e participa das feiras de artesanato. Também ministra cursos e diz, com orgulho, que conseguiu reproduzir, em barro, órgãos do corpo humano, encomendados por uma escola. Além dos potes, jarros e esculturas, como a onça em tamanho grande, a artesã se destaca por fazer variados modelos de sinos da felicidade

image      No ateliê, em Missão Velha, Corrinha modela peças. Usando a força das mãos, chega a “levantar” um pote em minutos: “Esqueço tudo. Fico ansiosa para terminar e ver o resultado

imagePara fazer artesanato, é preciso ter força, coragem e amor pela arte. Por meio dele, ganhei muito, principalmente amizades. Além disso, me da uma rendinha e estimula a mente a ser mais criativa”

Maria do Socorro Nascimento (Corrinha) artesã de Missão Velha - Ceará

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DN/Eva/ Textos: Germana Cabral e Cristina Pioner/Fotos: Marília Camelo e Patrícia Araújo                                                       arteemter@gmail.com

2 comentários:

  1. Sou fã de seus trabalhos. Tenho loja, em BH, há mais de 33 anos. Gostaria de ter entrar em contato. Peço informar-me como.

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    1. Estamos providenciando um contato com a artesã. Posteriormente manteremos informado da possibilidade de atendimento.

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