A tradição começou nos anos 1970, com dona Izabel Mendes da Cunha. Hoje, Maria José Gomes da Silva, a Zezinha, ajuda a perpetuar essa arte. Zezinha -“Vejo que as pessoas valorizam bastante meu trabalho”. O traço e o acabamento esmerado, no entanto, fazem de suas bonecas obras únicas, que encantam pela feminilidade, embora não retratem o real. “Quando tento copiar o rosto de alguém, não sai nada. Tenho de fazer completamente esquecida”. A comunidade de Coqueiro Campo fica escondida no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. O barro é retirado com esforço. As mãos que pegam na enxada são as mesmas que criam as peças maravilhosas. Na família, a cerâmica atravessa gerações e se atualiza. - "Antigamente, quando fazia as peças utensílios, as pessoas compravam só mesmo para usar em casa. Agora não! as pessoas compram para colocar na sala, como enfeite" – diz Deuzani. Hoje, as peças são mais utilitárias. No entanto, a técnica e as ferramentas usadas são as mesmas. A pintura é natural e os desenhos são feitos com diferentes tipos de barro que, após a queima, mudam de cor. Para divulgar o trabalho, juntas viajaram para feiras de artesanato em Belo Horizonte, Curitiba e Rio de Janeiro.
Zezinha
Algumas artesãs, mesmo isoladas, escondidas no mato, não se intimidam e transformam a própria casa numa verdadeira galeria de arte. È o caso de dona Zezinha, que faz expõe a beleza se suas peças que encantam a todos. “Vem gente de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de Brasília, de Porto Alegre. Já veio até gente de fora do Brasil” Zezinha é a artesã de maior sucesso da comunidade. As bonecas dela impressionam pelo capricho e pelo olhar quase vivo. A arte virou um bom negócio para toda a família. O marido, Ulysses, deixou de ser migrante nas usinas de álcool e açúcar de São Paulo. Agora, ele ajuda dona Zezinha no trabalho pesado. Prepara o barro, o forno e também instalou a antena para receber as encomendas pelo telefone. Quem quiser conseguir a peça da Zezinha tem que entrar na fila. A espera é de mais ou menos de seis a oito meses para conseguir uma, comenta Ulysses. A artesã produz e vende 15 bonecas por mês. Com uma casa bonita, sorriso no rosto, o casal é vencedor. No começo, não tínhamos nada. Era simplesmente a família, a roça e o trabalho de artesã. A gente trabalhava muito, mas eu não tinha roupa nem para ir à escola. Para se ter uma ideia, eu usava um vestido de saco que limpa chão. Portanto em vista do que era. Hoje sou marajá – vibra dona Zezinha.
"Para começar esse ofício é preciso muita paciência e qualidade no trabalho. Aprendi que é melhor fazer poucas peças bem feitas que fazer muitas e não vender". De casa nova, Zezinha sorri, a casa antiga será transformada no museu particular da família, abrigando peças que contam um pouco de sua história. "Já encomendei um casal de bonecas à minha mãe para guardar no museu. Foi ela quem me ensinou este ofício abençoado. Quero que meus netos, bisnetos e tataranetos conheçam a história de Zezinha", afirma orgulhosa
As bonecas do Vale do Jequitinhonha conquistaram identidade própria. Seus formatos, suas cores e seus motivos são tão singulares que não deixam dúvidaS sobre a origem: povoados de terra seca no nordeste das Minas Gerais
Dessa forma Artesãos do Vale do Jequitinhonha triplicam a renda e dobram a quantidade de peças vendidas e conseguiram melhorar a qualidade e comercialização dos produtos. Juntos, os artesãos estão superando as expectativas e transformando a realidade de uma da região. Entre utensílios domésticos e artigos de decoração feitos de barro, a cerâmica produzida por Zezinha, em especial as bonecas, se sobressaiu pela qualidade e acabamento. "Sozinha, isso tudo não ia ser nada perto do que conseguimos”. Somos boas na produção, mas não entendemos nada de vendas. O Ulisses é bom nas negociações e na busca de parcerias, então é ele quem cuida disso.
No caminho certo
O Sebrae Minas reuniu-se com os artesãos e com vários parceiros, implantando o projeto de artesanato em Minas Novas. "Recebemos capacitação em design, comportamento humano, gestão e comercialização, o que melhorou nossos conhecimentos e nos ajudou nas negociações", conta Ulisses. Desde sua implantação, o Projeto de desenvolvimento do setor de artesanato do Sebrae Minas vem transformando a vida dos artesãos nas comunidades de Coqueiro Campo, Cachoeira do Fanado e Furquilha, pertencentes ao município de Minas Novas. Melhores do Brasil
O artesanato produzido no Vale do Jequitinhonha ganhou reconhecimento nacional. As associações de artesãos de Minas Novas e de Coqueiro Campo ganharam o prêmio TOP 100 de artesanato — promovido pelo Sebrae —, ficando entre as 10 melhores unidades produtivas do setor no Estado e entre as 100 no Brasil. As bonecas do Vale do Jequitinhonha conquistaram identidade própria. Seus formatos, suas cores e seus motivos são tão singulares que não deixam dúvida sobre a origem: povoados de terra seca no nordeste das Minas Gerais.
A Terra/Associação dos Artesãos de Coqueiro Campo/Galeria Pontes//Sebrae
Fotos Especiais de André Corrêia
LINDISSIMAS...
ResponderExcluirMuito obrigado por ser nossa leitora.
ResponderExcluirProcuraremos sempre o melhor, para ter pessoas como você sempre ao nosso lado.
Trbalho lindo................ Parabéns!!!! Fiquei com vontade em ter uma dessas....rs
ResponderExcluirÉ ISSO AI E BOM SABER K NOSSO POBRE RICO VALE E RECONHEÇIDO
ResponderExcluirEstamos pesquisando, e queremos postar mais sobre o artesanato Mineiro
ResponderExcluiramo o trabalho de vcs,que Deus mantenha essa grande sabedoria e esse maravilhoso dom.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirSou Gerente Comercial do Mãos de Minas, ONG que promove o artesanato mineiro bem como sua cultura.
Gostaria que me adicionassem em nosso blog tbém...pode ser?
O nosso é www.centralmaosdeminas.blogspot.com
Desde já agradeço com votos de sucesso!
Stefano Lazzarotti Sasdelli
Central Mãos de Minas
Adoro tudo de vocês!
ResponderExcluirTenho várias dessas na minha coleção. Estão todas expostas no meu atelier.....Nota mil para vocês!!
Quero muito adquirir uma peca da Zezinha. Como faço?
ResponderExcluirgostei muito como faço para consguir dduas boneecas
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