segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Decadência x elegância

Móveis decadentes, desprezados e abandonados pelos cantos é a tendência da vez

Os móveis decadentes, desprezados e abandonados pelos cantos é a tendência da vez.  E esta em alta, altíssima no mundo que dita a decoração ambiental  Os móveis detonados, com aquele algo mais que o tempo lhe mostra em seus amassados, buracos e arranhões do tempo. Normalmente são um destaque na casa, mas com cuidado, use com sabedoria e sem exageros,. Eles estão em destaque e agora eles aparecem em tudo que é lugar, e decoram até lugares públicos, como um restaurante inteiro. O que antes era encoberto, como um buraco na forração de couro de um sofá, agora é explícito, fazendo charme decadente e contrastante em um ambiente moderno, por exemplo. Além dos couros, os tecidos dos estofados podem permanecer os mesmos, velhos, ainda que poídos, rotos, esfarrapados, ou mesmo as suas imitações envelhecidas propositalmente. E vale ainda a forração nova feita em saco de aniagem, para reforçar o conceito. As mesas e cadeiras antigas de ferro, que um dia estiveram ao tempo, nos jardins, entram em casa no estado em que lá foram abandonadas – ou seja, alinhavadas, enferrujadas. As madeiras nem sempre ganham restauração sob este novo olhar, uma releitura excêntrica que lojas de garimpo fazem. Portanto, veja bem: nada em arte e decoração é tão novidade assim. Afinal, quem cresceu nos anos 1960 viu passar a moda do decapé e dos espelhos oxidados, contanto que tivessem boas molduras – e, ainda nos 1970, eles ornaram paredes inteiras nas boates, halls de entrada e lavabos do primeiro time. O secular mobiliário da Provence também ganhou novamente espaço em lojas especializadas, entre nós, a partir dos 80, com seu ar branquinho, porém desgastado. Mas o excesso do seu uso praticamente nos fez enjoar dele, ainda que continuem a existir e até mesmo a ganhar novos endereços.
Enfim, agora é a vez dos detonados, encontrados desde os brechós, passando pelas vendas em garagem, e nos antiquários mais sofisticados. Até quando a moda dura? Sei não… se as peças forem ricas de origem (em estilo e material) acho que por muito tempo. Tanto quanto a qualidade de seus móveis… Como diria o dono de antiquário e decorador belga Axel Vervoordt: “qualquer peça, se é boa, tem uma eterna contemporaneidade”.

bandeja da Oficina de Agosto; cadeiras da Vila Nova; vaso da l’oeil

armário Oficina de Agosto

verde da Conceito: firma casa; sofá da tre-uni;
 mesa lateral / de apoio da ,ovo

de móveis patinados e em madeira de demolição,
 tudo da Artefacto Beach and Country
Allexincasa/arteemter
arteemter@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário