Karajás
O artesanato índigeno da tribo Karajás, expõem, forte personalização das atividades cotidiana, funcionando como instrumento para socialização das crianças índigenas da tribo. Embora a arte ceramista seja uma atividade exclusiva das mulheres da tribo, vários instrumentos usados no dia-a-dia pelos homens da tribo é retratado em seus trabalhos cerâmicos e artesanais, como arco e flecha, canoas, etc.
Os índios karajás, habitam uma extensa faixa do vale do rio Araguaia, inclusive a maior ilha fluvial do mundo, a do Bananal, suas aldeias, se encontram preferencialmente próximas aos lagos e afluentes do rio Araguaia e do rio Javaés.
Modos do Fazer das
Bonecas Karajá
“Ofício dos Modos do Fazer das Bonecas Karajá, agora é Patrimônio Cultural do Brasil”.
A proposta foi apresentada ao Iphan pelas lideranças indígenas das aldeias Buridina e Bdè-Burè, localizadas em Aruanã, Goiás–GO, e das aldeias Santa Isabel do Morro, Watau e Werebia, localizadas na Ilha do Bananal, Tocantins–TO, com consentimento de membros das aldeias Buridina, Bdé-Burè e Santa Isabel do Morro.
Foto-Telma-Camargo-da-Silva
O registro “ Ofício e dos Modos de Fazer as Bonecas Karajá” “representa uma dimensão de reconhecimento como patrimônio a cultura de comunidades indígenas, como o povo Karajá, ainda pouco conhecida, mas que é fundamental dentro do processo de formação do nós somos do povo brasileiro”.
Toda essa complexidade cultural pode ser identificada nas cenas esculpidas em barro e ornadas com precisos traços em preto e vermelho das bonecas.
Tribo Karajá, ilha do Bananal
Argila, cera de abelha e fios de algodão
Dimensões: Alt.: 12 cm.
Argila. Dimensões: Alt.: 12 cm.
Argila, palha e fios de algodão
Dimensões: Alt.: 13 cm.
“Ofício e os Modos de Fazer as Bonecas Karajá são uma referência cultural significativa para o povo Karajá e representam, muitas vezes, a única ou a mais importante fonte de renda das famílias”.
A confecção das figuras de cerâmicas – chamadas na língua nativa de ritxòkò (na fala feminina) e ritxòò (na fala masculina) – envolve técnicas tradicionais transmitidas de geração a geração. A atividade exclusiva das mulheres é desenvolvida com o uso de três matérias-primas básicas: a argila ou o barro – suù; a cinza, que funciona como antiplástico; e a água, que umedece a mistura do barro com a cinza.
Em regra geral, o modo de fazer ritxòkò segue cinco etapas: extração e preparação do barro, modelagem das figuras, queima e pintura, tudo isso envolvendo um repertório de saberes que se inicia na seleção e coleta do barro até a pintura e decoração das cerâmicas, que estão associadas à pintura corporal dos Karajá e a peças de vestuário e adorno tradicionais.
Departamento de Patrimônio Imaterial – DPI/Iphan Superintendência do Iphan em Goiás arteemter@gmail.com